O Programa Rompendo Barreiras (PRB), do qual o colaborador da Eletrobras é voluntario há nove anos, é um projeto de extensão da Faculdade de Educação da Uerj criado em 1988 com o objetivo de assegurar a acessibilidade e a permanência de graduandos com deficiência no ensino superior. A iniciativa atua em diferentes frentes para atender pessoas da comunidade interna e externa com deficiências sensoriais (surdo, cego, com baixa visão ou surdo-cego), físicas e/ou intelectuais.
Entre as ações desenvolvidas pelo programa destaca-se a oferta de cursos de reabilitação, o desenvolvimento de pesquisas com o objetivo de melhorar as condições de acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência e a formação continuada de professores das redes pública e privada através de cursos abordando a educação especial com uma perspectiva da educação inclusiva.
Valéria Oliveira, coordenadora pedagógica do PRB, conta que tem se tornado comum estudantes com alguma deficiência buscando, cada vez mais cedo, suporte no programa para cumprir a rotina de estudos e obtendo, no final do processo, resultados de sucesso. “Margareth Olegário, que hoje cursa o mestrado em educação na UNIRIO, chegou ao Rompendo Barreiras com o propósito de estudar para o vestibular. Participou do processo seletivo, conseguiu entrar para o curso de graduação da UERJ e depois para a pós, até hoje é nossa usuária”, conta a Valéria.
Além das ações já citadas, o PRB também oferece serviços para melhorar a experiência de ensino, como assistência pedagógica, transcrição de materiais para Braille, gravação de textos em áudio e empréstimo de livros gravados ou impressos. São oferecidos ainda, cursos semestrais de Braille, núcleo no qual o colaborador da Eletrobras é voluntário.
Marcos faz questão de frisar que voluntariado não é fazer favor, mas um compromisso sério que se estabelece com o outro. A alta procura pelos cursos do programa a cada início de período letivo confirma a seriedade da iniciativa, que acaba rendendo frutos em distintas etapas da educação, já que muitos professores e diretores procuram capacitação para receber crianças portadoras de deficiência em suas escolas.
Jornal ELETROBRAS | nº 183 | JAN/FEV 2015
